Incêndio. Introdução em lugar vedado ao público. Maus tratos a animal de companhia. Prisão preventiva. MP. DIAP do Núcleo de Cascais
Na sequencia da detenção fora de flagrante delito, o Ministério Público apresentou a primeiro interrogatório judicial um arguido de 26 anos de idade, indiciado pela prática de:
- três crimes de introdução em lugar vedado ao público;
- um crime de maus tratos a animal de companhia; e
- um crime de incêndio florestal.
Os factos ocorreram em entre finais de agosto e meados de setembro de 2025, em três ocasiões distintas, numa propriedade situada em Murches, Alcabideche.
Nas duas primeiras ocasiões, o arguido, pessoa em situação de sem-abrigo, foi surpreendido depois de aceder, sem consentimento ou autorização, ao interior da propriedade, a qual é vedada por um muro. Em ambas as situações o arguido foi instado pelo empresário que explora o local a abandonar a propriedade, sendo que, na segunda, o arguido não só manifestou a intenção de não querer sair como desferiu dois pontapés no cão que acompanhava o ofendido.
Finalmente, encontra-se indiciado que, movido por desejo de vingança, o arguido, no dia 16 de setembro, acedeu uma terceira vez ao interior da propriedade e, numa zona de mato, ateou fogo com um isqueiro a pelo menos três montes de restolho, desencadeando um incêndio que consumiu 25 metros quadrados de área e obrigou à intervenção dos bombeiros.
Confrontado com os factos o arguido admitiu a sua prática e justificou-se pela circunstância de se considerar enganado por questões laborais com o ofendido.
Na sequência do interrogatório judicial realizado no dia 18 de setembro de 2015, foi aplicada ao arguido, a medida de coação de prisão preventiva.
O inquérito corre termos no DIAP do Núcleo de Cascais.